sexta-feira, 30 de junho de 2006

If

If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise:

If you can dream--and not make dreams your master,
If you can think--and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings--nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And--which is more--you'll be a Man, my son!

Rudyard Kipling

Se

Se consegues manter a calma quando à tua volta todos a perdem e te culpam por isso;
Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti,
Mas aceitas que eles também possam duvidar,
Se consegues esperar sem te cansares por esperar,
Ou quando te mentirem não lidares com mentiras
Ou quando fores odiado não deres espaço ao ódio
Sem porém te fazeres demasiado bom nem falares com demasiada eloquência:

Se consegues sonhar sem fazeres dos sonhos teus mestres
Se consegues pensar sem fazeres dos pensamentos teus objectivos
Se consegues lidar com o Triunfo e a Derrota e tratares esses dois impostores do mesmo modo;
Se consegues suportar ouvir a verdade que disseste deturpada por velhacos a servir de armadilha para tolos,
Ou te deparares com aquilo pelo qual viveste, partido,
E te curvares e reconstruíres tudo de novo com instrumentos gastos:

Se consegues com um mão cheia dos teus ganhos
Arriscar tudo o numa jogada de cara ou coroa,
E perderes e recomeçares de início
Sem nunca suspirares uma palavras da tua perda;
Se consegues forçar o teu coração e nervos e vigor
Para te servirem já depois de estarem esgotados
E aguentares quando já não tiveres nada em ti
A não ser a vontade que te diz: "Aguenta!"

Se consegues falar para multidões e manter a tua virtude,
Ou andares com reis sem perderes o teu ar vulgar,
Se nem inimigos ou amigos te conseguirem magoar;
Se todas as pessoas contarem contigo, mas nenhuma demasiado,
Se consegues preencher o minuto que passa
Com o valor dos sessenta segundos de um corredor
Tua é a Terra e tudo o que nela existe,
E o que ainda é mais…, tu serás um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling