terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Preceitos Positivos - Principios Budistas


Com acções bondosas purifico o meu corpo.
Com generosidade desapegada, purifico o meu corpo.
Com serenidade, simplicidade e contentamento, purifico o meu corpo.
Com veracidade, purifico a minha fala.
Com clara e lúcida consciência, purifico a minha mente.

"Estes tipos sabem umas coisas..."

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar!
Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que sem que eles saibam, eu oro pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Vinícius de Moraes

domingo, 9 de dezembro de 2007

Mesmo nestas condições...

Super Interessante


Observe a figura de fundo. Para que lado a mulher gira?

Segundo alguns estudiosos, se você vê a mulher a girar no sentido horário, significa que trabalha mais o lado direito do cérebro.

Se, no entanto, você a vê girar no sentido anti-horário, utiliza mais o lado esquerdo do cérebro.

Faça a experiência... O teste é realmente sensacional.

"Comecei vendo o giro no sentido horário.

Quando começo a formular mentalmente questões matemáticas (que usam o lado racional do cérebro, o esquerdo), imediatamente ela muda o sentido de giro para anti-horário.

Se eu começo a cantar, nova mudança para o sentido horário (cantando você usa o lado direito, subjetivo, artístico).

O mais interessante nessa fórmula que encontrei é que consigo ver o instante em que ela pára e muda o sentido de giro.

E as alternâncias provocadas pelos focos em temas objetivos e subjetivos sempre funcionam conforme indicado no primeiro parágrafo."

Dica do Carlos Alberto Teixeira, o CAT do caderno "Informática Etc...." do "O GLOBO"

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Hoje

Hoje deitei-me ao lado da minha solidão.
O seu corpo perfeito, linha a linha,
Derramava-se no meu, e eu sentia
nele o pulsar do próprio coração.

Moreno, era a forma das pedras e das luas.
Dentro de mim alguma coisa ardia:
a brancura das palavras maduras
ou o medo de perder quem me perdia.

Hoje deitei-me ao lado da minha solidão
e longamente bebi os horizontes.
E longamente fiquei até sentir
o meu sangue jorrar nas próprias fontes.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O Anel

Havia, certa vez, um rei sábio e bom, que já se encontrava no fim de sua vida.
Certo dia, pressentindo a chegada da morte, chamou seu único filho, que sucederia no trono, tirou do dedo um anel e deu-o a ele dizendo:
- Meu filho, quando fores rei, leva sempre contigo este anel. Nele há uma inscrição. Quando estiveres vivendo situações extremas de glória ou de dor, tira-o e lê o que há nele.
E o rei morreu, e seu filho passou a reinar em seu lugar, sempre usando o anel que o pai lhe deixara.
Passado algum tempo, surgiram conflitos com um reino vizinho, que acabaram culminando numa terrível guerra.
O jovem rei, à frente do seu exército partiu para enfrentar o inimigo.
No auge da batalha, seus companheiros lutavam bravamente; mortos, feridos, tristeza, dor, o rei lembra-se do anel; tira-o e lê a inscrição: ISSO TAMBÉM PASSARÁ.
E ele continua a luta. Perde batalhas, vence outras tantas, mas ao final, sai vitorioso.
Retorna, então, ao seu reino e, coberto de glória, entra em triunfo na cidade.
O povo o aclama.
Neste momento ele se lembra do seu velho e sábio pai. Tira o anel e lê:
ISTO TAMBÉM PASSARÁ.
Todas as coisas, na Terra, passam...
Os dias de dificuldades, passarão...
Passarão também os dias de amargura e solidão...
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar... um dia passarão.
A saudade do ser querido que se vai, passará.
Os dias de glórias e triunfos, em que nos julgamos maiores e melhores que os outros... igualmente passarão.
Essa vaidade interna que nos faz sentir como o centro do universo, um dia passará.