quarta-feira, 11 de junho de 2008

Osho

Recomendado. E para o ano há mais...

A alegria e a dor!

É mesmo assim...

"A alegria ou euforia é o encontro festivo com o outro. É o prazer da inundação do ser no abraço libidinal.
E assim, definimos o investimento do objecto como um movimento da líbido para o outro, que, no seu percurso, investe o próprio.

O prazer vem portanto da actividade de estar com... Nasce do exercício da relação libidinal.

Por outras palavras: o investimento objectal acompanha-se de um investimento narcísico. É o estado amoroso.

A dor, a tristeza, é o deserto relacional. A ausência do outro para investir; o que reflexamente desinveste o próprio.

É a hemorragia da líbido através da ruptura da relação. Rompido o sistema relacional Self-objecto, o indivíduo sangra e sofre.
Perdido o objecto, não há apelo ao movimento libidinal. É então a queda da líbido, que, para não se esgotar na sangria da tristeza, abandona o Self e se refugia no Id (como a seiva das árvores, durante o Inverno: reflui para as raízes).
Para não cair na apatia, na impotência e no desespero, pela certeza da irreversibilidade da perda e a possibilidade da construção imaginária de um novo alvo. E, deste modo, sair do investimento nostálgico do objecto perdido.
A elaboração da perda faz-se, assim, pela mentalização do desprazer.
Fazer algo da dor: criar, pela invenção do imaginário, no espaço dolente da falta.
Sonhar... enquanto não se pode realizar.
Jamais desistir. Porque a "morte", essa, é "vazia; nem dor nem alegria".Viver, apesar de... apesar da perda, apesar de tudo."
Parte de um texto de António Coimbra de Matos in "A Depressão"

Encontrado aqui

Ainda um dos meus preferidos...