segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprendo...













- I -
Desço pela rua.
Há um buraco fundo no passeio.
Eu caio dentro dele.
Eu estou perdido... estou desamparado.
Não tenho culpa.
Demoro imenso tempo a encontrar a saída.


- II -
Desço pela mesma rua.
Há um buraco fundo no passeio.
Finjo que não o vejo.
Caio novamente dentro dele.
Eu não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas eu não tenho culpa.
Ainda demoro muito tempo a conseguir sair.


- III -
Eu desço pela mesma rua.
Há um buraco fundo no passeio.
Eu vejo que ele lá está.
Ainda caio dentro dele... é um hábito.
Os meus olhos estão abertos.
Eu sei onde estou.
A culpa é minha.
Eu saio imediatamente.


- IV -
Eu desço pela mesma rua.
Há um buraco fundo no passeio.
Eu passo ao lado.


- V -
Eu desço por outra rua.


(Tradução livre de Autobiography in Five Short Chapters - de Portia Nelson)

domingo, 29 de novembro de 2009

Psicoterapeutas



Link para psicoterapeutas

http://www.psicoterapiaintegrativa.com/therapists/indexall.htm

encontrei aqui http://psisalpicos.blogspot.com/

A espantosa história de Tererai

http://www.ionline.pt/conteudo/33682-o-triunfo-uma-sonhadora

"Tererai Trent, uma pastora pobre e semi analfabeta do Zimbabué rural, é uma prova de que o talento é universal, e de que vale a pena investir nas pessoas",
por Nicholas Kristof.

A ler absolutamente. Esta mulher, no meio das enormes dificuldades, tinha as "tais" qualidades: resiliência, motivação, determinação, inteligência, etc etc. Quer ser humano! E ainda por cima generosa, muito para além do exigível (veja-se a história do seu primeiro casamento).

encontrei aqui http://psisalpicos.blogspot.com/

Corrupção


Ricardo Reis publicou no i de ontem (www.ionline.pt) um artigo sobre os malefícios da corrupção.( http://www.ionline.pt/conteudo/34028-corrupcao ) Trata-se de uma assunto sobre o qual temos às vezes tendência para encolher os ombros e pensar "isso é lá com eles, desde que as coisas funcionem...". Mas é capaz de não ser assim tão simples.
Ricardo Reis, um ecomista da Univ. de Columbia, refere 3 razões fundamentais para acabar ou pelo menos tentar reduzir a corrupção (note-se que Portugal é um dos países mais corruptos do mundo). Vou tentar sintetizá-las. Uma é sobretudo de ordem ética e duas de ordem mais económico/social:
1ª A corrupção, ao permitir contornar a burocracia, gera mais burocracia, porque os funcionários terão razões acrescidas para complicar regulamentos, aumentar o grau de discricionaridade, etc.
2ª A corrupção subverte as regras do mercado: o empresário que prospera não é o que produz mais, melhor e com menos custos para o consumidor, mas aquele que tem uma rede de corrupção bem montada e com contactos ao nível do aparelho do Estado ("monstro" que em Portugal consome mais de metade da riqueza produzida!)
3ª A corrupção funciona como um imposto regressivo, aumentando a desigualdade. Os mais ricos e poderosos são os que têm mais fácil acesso aos funcionários e outros agentes corruptíveis. Como escreve R. Reis, "a corrupção fica-lhes mais barata".
Encontrei em http://psisalpicos.blogspot.com/