terça-feira, 11 de julho de 2006

Lagrimas de preta - António Gedeão

Encontrei uma preta que estava a chorar,

pedi-lhe uma lágrima para a analisar.

Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado.

Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente.

Mandei vir os ácidos, as bases e os sais,as drogas usadas em casos que tais.

Ensaiei a frio, experimentei ao lume,de todas as vezes deu-me o que é costume:

nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.

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